
No quadro a boca de minha mãe já não sorri...
silente, tampouco me chama
de mistério se vestiu toda sua expressão.
Mas seu olhar
de ternura e de paixão me contempla penetrante,
como se eu fosse de cristal...
como se eu fosse transparente...
e eu fico pensando,
nesta noite já tardia,
que o retrato não mente:
ela sempre me olhou assim,
eu é que não percebia.
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