15 de mai. de 2011

Passagem...

Há que se passar o tempo, pra que se sequem as lagrimas, e as incertezas,

Pra que se respondam as perguntas que não se entende.

Os ventos dessa vez não trazem novos ares...

Dessa vez tudo continua morno, sem cor...

Há de se chorar por não saber o que foi...

Há de se sorrir sem vontade, ate que o sal das lágrimas se misture na saliva das palavras que não se pode dizer...

Há de se perder no tempo da memória que ouve os sons, e percebe todos os perfumes dos lugares por onde ainda andara...

Há de se cuidar da vida, dos medos, embalar a solidão das fotos jogadas no escuro da amargura dos restos deixados no jogo bruto das estradas de onde nunca mais voltou.

Há de se esperar que o tempo cure as feridas, abrande as tristezas, remova da memória a dor.

E que jamais se apague os rastros marcados com tudo que se viveu.

Que ele eleve o amor...

Dissipe o rancor, espalhe a saudade sem medida, que nem mesmo esse tempo pode apagar.

Há de se lembrar dos sons.

Há de se perder enquanto o pensamento procura se encontrar agora, no meio de tanta coisa espalhadas nesse tempo, nesse vento, nos olhos, nas paginas que nenhum pensamento consegue encontrar...

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