18 de fev. de 2010

Resposta do que voce me fez...

O vento me chama...
E no meu tempo me envolvo num sopro macio que acaricia minha pele.
Não sei se sonho embalado pelos seus carinhos ou se volto ao jardim e reviro as flores mortas pisadas pela sua insensatez.
Quem somos?
Perguntam meus olhos volvendo as pétalas vermelhas destroçadas que você deixou...
Somos o pó da estrada que restou nas sandálias batidas, jogadas na soleira da porta onde ninguém mais entrou.
Somos o resto do vinho amargo, salgado pelas lagrimas que de mim você fez rolar.
Somos a inquietude das palavras vazias, lançadas ao vento que agora sinto jogadas na minha pele.
Se esse vento me perguntar o que sinto:
Sinto o choro mudo da dor...
O pulsar maldito do peito embalado por aquela canção que tocou quando a porta se abriu e você se foi.
Amanha se esse mesmo vento me chamar...
Juntarei as flores mortas,
Abrirei as portas de minha casa,
Calçarei as sandálias empoeiradas,
Jogarei o vinho na chuva,
E a passos lentos...
Te levarei como presente todo o vazio que você aqui deixou.
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário