Ideal
Aquela que eu adoro,
não é feita de lírios nem de rosas purpurinas,
Não tem as formas lânguidas, divinas da antiga Vênus de cintura estreita…
Não é a Circe, cuja mão suspeita
Não é a Circe, cuja mão suspeita
Compõe filtros mortas entre ruínas,
Nem a Amazona, que se agarra às crinas dum corcel e combate satisfeita…
A mim mesmo pergunto, e não atino com o nome que se dê a essa visão,
A mim mesmo pergunto, e não atino com o nome que se dê a essa visão,
Que ora amostra ora esconde o meu destino…
E como uma miragem que entrevejo,
E como uma miragem que entrevejo,
Ideal, que nasceu na solidão,
Nuvem, sonho impalpável do Desejo…
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