3 de jun. de 2009

ANTERO DE QUENTAL

Ideal

Aquela que eu adoro,

não é feita de lírios nem de rosas purpurinas,

Não tem as formas lânguidas, divinas da antiga Vênus de cintura estreita…
Não é a Circe, cuja mão suspeita

Compõe filtros mortas entre ruínas,

Nem a Amazona, que se agarra às crinas dum corcel e combate satisfeita…
A mim mesmo pergunto, e não atino com o nome que se dê a essa visão,

Que ora amostra ora esconde o meu destino…
E como uma miragem que entrevejo,

Ideal, que nasceu na solidão,

Nuvem, sonho impalpável do Desejo…

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