23 de fev. de 2011

AMOR DE PERDIÇÃO

Quando a conheci, tinha 16 anos. ELA, não sei. Fomos apresentados numa festa por um carinha que se dizia meu amigo. Foi amor à primeira vista.

ELA me enlouquecia. Nosso amor chegou a um ponto que já não conseguíamos mais viver sem a companhia um do outro.

Mas era um amor proibido. Meus pais não a aceitaram.

Fui repreendido na escola e passamos até a nos encontrar escondidos, mas aí não deu mais. Fiquei louco. Eu a queria, mas não a tinha. Não podia permitir que me afastassem DELA.

Amava-a apaixonadamente. Bati com o carro. Quebrei tudo dentro de casa e quase matei minha irmã. Estava louco, mas precisava cada vez mais DELA.

Hoje, tenho 39 anos e estou abandonado pelos meus pais, pelos amigos e por ELA.

Seu nome? COCAÍNA!

Devo-lhe tudo: Meu amor, minha vida, minha destruição e minha MORTE.

(Fred Mercury, do grupo Queen, pouco antes de morrer vítima de AIDS).

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