13 de mai. de 2009

Quando o sol ainda não havia cessado o brilho.
Quando a tarde engolia aos poucos as cores do dia.
E despejava sobre a terra os primeiros retalhos de sombra.
Eu vi que Deus veio assentar-se perto do fogão de lenha da minha casa,
Chegou sem alarde,
retirou o chapéu da cabeça,
e buscou ali um copo de agua

num pote de barro que ficava num lugar de sombra constante...
ele tinha feições de um homem feliz...
realizado,
parecia imerso na alegria

que é própria de quem cumpriu a sina do dia,
e que agora recolhe a alegria

cotidiana que lhe cabe...
Eu olhava e pensava...
como é bom ter Deus dentro de casa.

Como é bom chegar a essa hora da vida e que eu tenho o direito de ter
um Deus só pra mim.
Cair nos seus braços,
bagunçar lhe os cabelos.

Puxar a caneta do seu bolso
e pedir que ele desenhasse um relógio bem bonito

no meu braço.
Mas aquele homem,
aquele homem não era Deus...

Aquele homem,
era o meu Pai...

E foi assim que eu descobri:
que meu Pai com seu jeito finito de ser Deus,

Revelava-me Deus,
no seu jeito infinito de ser homem.
..

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