6 de dez. de 2010

Cor-respondência

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Remeta-me os dedos em vez de cartas de amor
que nunca escreves, que nunca recebo.
Passeiam em mim estas tardes que parecem repetir
o amor bem feito que você tinha mania de fazer comigo.
Não sei amigo, se era seu jeito, ou de propósito...
mas era bom , sempre bom
e assanhava as tardes.
Refaça o verso que mantinha sempre tesa a minha rima
firme, confirme o ardor dessas jorradas
de versos que nos bolinaram os dois, a dois
Pense em mim e me visite no correio
de pombos onde a gente se confunde
Repito:
Se meta na minha vida
outra vez, Remeta.
Elisa Lucinda.
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